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Campanha salarial 2022: ensino superior – Assembleia rejeita proposta patronal

As professoras e os professores do ensino superior da rede privada, participaram na sexta-feira (1º), da assembleia virtual visando a campanha salarial de 2022.

Com a rejeição contundente da contraproposta patronal, as professoras e os professores decidiram adotar medidas para ampliar a participação dos professores na campanha salarial e fortalecer a comissão sindical de negociação, manutenção da assembleia em caráter permanente e autorização para ingresso de dissídio coletivo, se as negociações fracassarem.

Cadê o reajuste?

Os professores reafirmaram a decisão da comissão sindical de exigir que os patrões entreguem uma proposta integral, com cláusulas econômicas, como reajuste e participação nos resultados, entre outros.

No dia 23 de março, a rodada de negociação foi suspensa porque os representantes das mantenedoras se recusaram a apresentar sua oferta para os salários. Os sindicatos de professores deixaram a negociação e convocaram assembleias em suas bases.

Proposta patronal

Além de rejeitar as cláusulas que garante condições de trabalho diante das mudanças pedagógicas e da crescente precarização da atividade docente, a proposta patronal prevê mudanças que, na prática, significam o fim de direitos como garantia semestral de salários e regramento na redução de carga horária, além de reduzir o recesso de trinta para quinze dias.

Os mantenedores também querem incluir cláusulas sobre controle de faltas e concentração de aulas, de maneira a permitir que baixas cargas horárias possam ser remuneradas mensalmente, mas cumpridas de forma concentrada num único período.

Organização no local de trabalho

A proposta patronal é um retrocesso nas relações de trabalho e exige um esforço para fortalecer a mobilização, inclusive no local de trabalho, que possa, também, fortalecer o Sinpro-Sorocaba nas negociações.

A assembleia discutiu medidas para aprofundar a relação entre o Sindicato e os professores nas instituições de ensino superior. A assembleia aprovou a organização de campanhas de mobilização segmentada, com informativos específicos e visitas nos locais de trabalho.

Assembleia permanente

Por orientação da diretoria do Sinpro-Sorocaba, professoras e professores aprovaram mais duas propostas: manter a assembleia em estado permanente, de maneira que a categoria possa ser rapidamente convocada para nova reunião e autorizar a instauração de dissídio coletivo, mediante nova assembleia, caso as negociações fracassem.