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Campanha Salarial 2022: ensino superior – Sindicato Patronal segue no impasse

Mantenedoras nada apresentam na rodada desta quarta (3), sindicatos reafirmam reivindicações, assembleia das professoras e dos professores marcada para dia 17, com falta abonada.

Na primeira rodada de negociações da campanha salarial do ensino superior, realizada nesta quarta-feira (3) depois das férias coletivas das professoras e dos professores e a volta às aulas, os representantes das mantenedoras do ensino superior privado nada ofereceram.

Em resposta à consulta formal, via ofício, da comissão de negociação coordenada pela Fepesp, a representação patronal apenas respondeu que deseja se manter em negociação – mas sem nada apresentar como proposta ou como resposta às reivindicações dos trabalhadores.

Professores e pessoal administrativo deliberaram em assembleia a necessidade de reposição das perdas provocadas pela inflação – 10,57% nos 12 meses até a data base da categoria, 1º de março, e as novas condições de trabalho criadas com a expansão do ensino remoto.

“O patronal finge que negocia, procrastina indevidamente e com isso joga a negociação em um impasse”, diz Celso Napolitano, coordenador da comissão de negociação dos trabalhadores. “Não querem repor a defasagem salarial, se recusam a discutir o trabalho de professores nas disciplinas ministradas a distância, em cursos presenciais, e recusam a possibilidade de mediação como forma de superar o conflito. Nossa paciência está no limite”.

Estado de greve, paralisação por falta abonada – Os professores e auxiliares de administração dos sindicatos integrantes da Fepesp decidiram se declarar em estado de greve em sua última assembleia realizada em 15 de junho. Com a volta às aulas e também a volta das negociações, foi marcada nova assembleia para a quarta-feira do dia 17 de agosto.

A assembleia do dia 17 será realizada com a falta dos trabalhadores sendo abonada para participar da reunião da categoria. A falta abonada está garantida na convenção coletiva de professores e auxiliares de administração escolar do ensino superior. Essa falta com pagamento é uma paralisação de fato do trabalho e cobre o dia todo, todos os períodos do dia 17 – manhã, tarde ou noite – para que não haja nenhum constrangimento pela participação no evento.

Nova reunião de negociação está já marcada para próxima quarta, dia 10.