A data da morte do último líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, foi escolhida para representar o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro e representa também a luta dos negros contra discriminação racial.
Instituída oficialmente pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, a data reivindica a figura de Zumbi como símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil.
Mesmo após a abolição formal da escravidão no dia 13 de maio de 1888, as pesquisas confirmam o racismo estrutural vigente no Brasil.
De acordo com o Atlas da Violência 2017, em cada 100 pessoas assassinadas no país, 71 são negras. O levantamento mostra que o genocídio da juventude negra cresce assustadoramente.
De 2005 a 2015 foram assassinados 318 mil jovens, cerca de 80% rapazes, negros, pobres e moradores da periferia. Somente em 2015 foram assassinados mais de 60 mil jovens.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta sexta (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que dos 13 milhões de brasileiros desempregados deste ano, 8,3 milhões (63,7%) eram negros ou pardos.
O contraste racial no mercado de trabalho se estende, também, à remuneração. Segundo o IBGE, negros e pardos recebem, em média, R$ 1.531 – quase a metade do rendimento médio dos brancos, que é de R$ 2.757.
O Sinpro-Sorocaba entende que relembrar toda a triste história de escravidão brasileira é de extrema importância para uma sociedade não racista, não discriminatória, mais democrática, justa e igualitária. Além disso, tem o intuito de conscientizar a população para a importância desse povo na formação social, histórica e cultural de nosso país.