Assembleias realizadas em todo o Estado – Decisão envolve professoras, professores e pessoal administrativo – Sindicatos dão prazo para patronal negociar
Assembleias das professoras, dos professores e pessoal administrativo no ensino superior privado decidiram, em assembleis em todo o Estado, entrar em greve a partir de 5 de setembro se as instituições de ensino não apresentarem proposta de recuperação de defasagem salarial e condições de trabalho adequadas diante da expansão do ensino remoto.
Professoras e professores do ensino superior da base do Sinpro-Sorocaba, também estiveram reunidos em assembleia virtual ontem (17), e também rejeitaram a proposta do sindicato patronal de reajuste salarial, autorizaram a instauração de dissídio e organizam greve para o dia 5 de setembro.
Após dois anos sem sequer conceder a reposição da inflação, os mantenedores propuseram reajuste de 7% a partir de setembro (não retroativo a março, data-base da categoria) e 45% de abono (não incorporado aos salários).
“Professores e auxiliares demostraram claramente estarem fartos do abuso patronal”, diz Celso Napolitano, coordenador da comissão de negociação dos sindicatos da Fepesp. “Não seremos humilhados por uma classe patronal gananciosa e ciosa de manter seus lucros à custa de achatamento salarial de seus profissionais”.
Desde março os representantes das mantenedoras comparecem nas sessões de negociação mas se recusam a reconhecer a defasagem nos salários provocadas pela inflação, recusam reajuste pelos índices de inflação, recusam discutir as mudanças em condições de trabalho com a aplicação extensiva do ensino remoto, à distância. Criaram um impasse por não negociar seriamente e protelar indefinidamente as discussões.
A data base de professores e auxiliares é 1º de março. As mantenedoras também desrespeitam a data em que durante anos houve renovação negociada de convenções coletivas de trabalho e aplicação de reajustes salariais.
“Queremos avisar a sociedade que os professores estão se organizando para parar em todo o Estado. É um aviso prévio. As mantenedoras tem esse prazo para negociar seriamente. Damos esse prazo para que estudantes, famílias não sejam prejudicados, sem poder se planejar”, avisa Celso Napolitano. “O professor é uma categoria consciente, paralisa as aulas mas não o faz de repente. Queremos negociar, e as mantenedoras tem 20 dias, até o dia 5, para sair do impasse”.
Mobilização
Fiquem atentos aos comunicados divulgados em nossos canais oficiais e, o mais importante, participem das ações do Sinpro-Sorocaba. União e mobilização são fundamentais para garantir que a categoria não tenha retrocesso.
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