Propostas patronais recusadas – articulação nacional durante férias de julho – grande ato em defesa da educação e valorização dos educadores em agosto
Professoras e professores no ensino superior privado estão em estado de greve no Estado de São Paulo. Essa foi decisão das assembleias convocadas pelos sindicatos integrantes da Fepesp (na qual o Sinpro-Sorocaba faz parte) e realizadas de forma praticamente simultânea em todo o Estado nesta quarta-feira (15).
O estado de greve significa que os trabalhadores estão avisando formalmente as instituições de ensino que é possível ocorrer uma greve a partir do mês de agosto. Os trabalhadores decidiram manter-se em assembleia permanente. Nova assembleia deverá ser convocada imediatamente após a volta às aulas.
Além do estado de greve, professoras e professores decidiram se articular nacionalmente com os demais sindicatos em campanha salarial no ensino superior. “É o que patronal está fazendo. Os grandes comerciantes do ensino estão participando de todas as mesas de negociação no país e bloquear a recuperação da defasagem salarial gerada pela inflação”, diz Celso Napolitano, da Fepesp. “Estão em uma campanha predatória contra os educadores para manter e aumentar seus lucros”.
Ato nacional – com a articulação junto com os demais sindicatos em campanha salarial, as assembleias decidiram promover um ato nacional, em defesa da educação e pela valorização dos profissionais da Educação, docentes e não docentes. O ato deve ser planejado para fazer frente à atitude predatória das grandes corporações do ensino nesta campanha salarial. Fique atento aos avisos de preparação desta mobilização.
Todas as propostas patronais foram rejeitadas novamente pelas assembleias. A proposta de reajuste de 4% agora e 2% em janeiro do ano que vem, com uma inflação que supera os dois dígitos, além de um abono que não se incorpora aos salários, foi considerada inaceitável e até mesmo ofensiva.
As assembleias também entenderam que não basta reajustar o salário. É preciso reajustar também as condições de trabalho nas instituições de ensino: regulamentar o ensino a distância, a carga extra das aulas híbridas, o aumento excessivo de alunos por professor provocado pelo ensalamento de turmas.
Essas condições, que também estão sendo ignoradas pelo sindicato patronal, chamam a atenção do Legislativa e foram motivo de pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. Em pronunciamento, o deputado estadual Celso Giannazi defendeu os sindicatos e prometeu ‘todo apoio à luta dos professores no ensino superior”.
Voltamos em agosto, voltamos à luta – A data do nosso ato na volta às aulas, em agosto, será anunciada o mais rapidamente possível. Fique atento aos avisos do Sinpro-Sorocaba. Todas as novidades e convocações estarão no site do sindicato. Fique de olho e vamos à luta, unidos por respeito!