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TAXA DE DESEMPREGO RECUA A 6,9%, A MENOR DESDE 2014

Estatísticas divulgadas quarta-feira (31) pelo IBGE indicam que a taxa de desemprego no trimestre encerrado em junho deste ano manteve a trajetória de queda, sinalizando uma reação positiva da economia nacional a políticas do governo Lula associadas ao fomento da produção e fortalecimento do mercado interno através da redistribuição da renda, como é o caso da valorização do salário mínimo, dos investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida e do Bolsa Família, entre outras.

Em junho, o percentual de desocupados que procuraram emprego nos últimos 30 dias recuou a 6,9%. Foi a menor taxa de desemprego para trimestres terminado em junho desde 2014, quando a taxa também ficou em 6,9%.

A taxa de subutilização da força de trabalho igualmente caiu e ficou em 16,4%.

Recuperação da economia

São dados positivos, que refletem a recuperação da economia e do mercado de trabalho.

Mas, é bom assinalar que – ao contrário do que sustentam alguns observadores – a situação do mercado de trabalho está longe de configurar o pleno emprego.

O número de trabalhadores e trabalhadoras desempregadas no Brasil ainda é alto e deve ser fonte de preocupação das autoridades.

Segundo o IBGE, a população desocupada soma 7,5 milhões, número que sobe a 10,8 milhões com a incorporação dos desalentados (3,3 milhões de desempregados de longa data que desistiram de procurar emprego).

Já a população subutilizada, embora também em queda, ainda soma 19 milhões.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) chegou a 38,380 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012.

Outro dado positivo foi o avanço da renda auferida pela classe trabalhadora (1,8% no trimestre e 5,8% no ano).

LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DA NOTÍCIA DIVULGADA PELO IBGE EM SEU SITE

A taxa de desocupação (6,9%) no trimestre encerrado em junho de 2024 recuou um ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de janeiro a março de 2024 (7,9%) e caiu 1,1 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (8,0%). Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em junho desde 2014 (6,9%).

A população desocupada (7,5 milhões) recuou nas duas comparações: -12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

A população ocupada (101,8 milhões) foi novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,8%, crescendo nas duas comparações: 0,8 p.p. ante o trimestre móvel anterior (57,0%) e 1,2 p.p. no ano (56,6%). Este foi o maior nível de ocupação desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

A taxa composta de subutilização (16,4%) recuou em ambas as comparações: -1,5 p.p. no trimestre e -1,4 p.p. no ano. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (16,1%). A população subutilizada (19,0 milhões de pessoas) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015 (18,6 milhões), recuando nas duas comparações: -8,2% (menos 1,7 milhão) no trimestre e -6,6% (menos 1,3 milhão) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como a população fora da força de trabalho (66,7 milhões).

A população desalentada (3,3 milhões) chegou ao seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões), recuando 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (2,9%) foi o menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%), recuando 0,3 p.p. no mês e 0,4 p.p. no ano.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,380 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 1,0% (mais 397 mil pessoas) no trimestre e de 4,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,797 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 3,1% (mais 410 mil pessoas) no trimestre e de 5,2% (mais 688 mil pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões). O número de empregadores (4,3 milhões) cresceu 4,0% no trimestre (mais 165 mil pessoas) e ficou estável no ano. Já o número de empregados no setor público (12,7 milhões) cresceu 5,3% (641 mil pessoas) no trimestre e 3,5% (429 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada (ou 39,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9 % no trimestre encerrado em março e 39,2 % no mesmo trimestre de 2023.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.214) cresceu em ambas as comparações: 1,8% no trimestre e 5,8% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 322,6 bilhões) atingiu novo recorde, crescendo nas duas comparações: 3,5% (mais R$ 10,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,2% (mais R$ 27,3 bilhões) no ano.

Taxa de desocupação – Brasil – 2012/2024

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de abril a junho de 2024, foi estimada em 109,4 milhões de pessoas. Esta população cresceu nas duas comparações: 0,5% (mais 546 mil pessoas) ante o trimestre encerrado em março de 2024 e 1,7% (mais 1,8 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior.

A análise da ocupação por grupamentos de atividade, em relação ao trimestre de janeiro a março de 2024, mostrou aumento nos grupamentos: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1,5%, ou mais 283 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (1,9%, ou mais 247 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,8%, ou mais 852 mil pessoas) e Outros serviços (2,6%, ou mais 142 mil pessoas). Nos demais grupamentos, não houve variações significativas.

Frente ao trimestre de abril a junho de 2023 houve aumento nos grupamentos: Construção (4,9%, ou mais 352 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,4%, ou mais 459 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (7,5%, ou mais 401 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (7,5%, ou mais 901 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,8%, ou mais 685 mil pessoas) e Outros serviços (5,6%, ou mais 295 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,1%, ou menos 343 mil pessoas).

Taxa composta de subutilização – Trimestres de abril a junho – Brasil – 2012 a 2024 (%)

A análise do rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre móvel de abril a junho de 2024, ante o trimestre de janeiro a março de 2024, mostrou aumento na categoria de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,6%, ou mais R$ 114). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

Ante o trimestre de abril a junho de 2023, houve aumento nas categorias: Indústria (8,2%, ou mais R$ 236) Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,0%, ou mais
R$ 125) Transporte, armazenagem e correio (6,8%, ou mais R$ 192) Alojamento e alimentação (6,4%, ou mais R$ 128) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (7,1%, ou mais R$ 298). Nos demais grupamentos, não houve variações significativas.

Já a análise do mesmo rendimento médio mensal real em relação ao trimestre de janeiro a março de 2024 mostrou estabilidade em todas as posições de ocupação.

Frente ao trimestre de abril a junho de 2023, houve aumento nas categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (4,0%, ou mais R$ 113), Empregado sem carteira de trabalho assinada (8,0%, ou mais R$ 162) Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (6,7%, ou mais R$ 307) e Conta-própria (7,0%, ou mais R$ 171).